São Jorge é a ilha mais central do Arquipélago Açoreano e também aquela que centra no seu território o que de melhor se pode encontrar em todas as outras ilhas. Conhecida como a Ilha das Fajãs, abre espaço à curiosidade: o que é, afinal, uma fajã?
Uma fajã é, basicamente, um terreno plano que se formou depois de vários deslizamentos de terra. Ou seja, na prática, as vilas e concelhos alojaram-se nestes acidentes geológicos – e são lindas! Não se sabe quantas Fajãs existem em São Jorge, mas as últimas contagens, sempre confusas, apontam para mais de 70.
Tomem nota das nossas ideias, prometemos que vão querer regressar!
Envolvido em hortênsias e urzes, e a 1053 metros de altitude, está o Pico da Esperança.
Subir ao Pico da Esperança é quase um 2 em 1: conhecem o ponto mais alto de São Jorge e visitam as restantes ilhas do Grupo Central. Mais ou menos, vá: num dia sem nevoeiro, pode daqui avistar a ilha do Faial, a ilha do Pico, a Ilha Terceira e a ilha Graciosa. E, claro, admirar-se com a paisagem espetacular das belíssimas Fajãs de São Jorge.
Paragem obrigatória para quem visita a ilha no verão: a Poça do Simão Dias é uma piscina natural de águas cristalinas no meio das enormes falésias de rocha negra. A água é limpa com temperatura amena e proporciona banhos muito agradáveis num local deslumbrante.
O acesso faz-se a pé a partir da Fajã do Ouvidor, através do trilho delimitado. É um local calmo e com pouca gente. Por estar junto à enorme falésia não tem sol durante parte da manhã pelo que não vale a pena ir muito cedo.
A mais famosa Fajã de São Jorge é, sem dúvida, uma das mais bonitas também. É um dos locais mais recônditos da ilha de São Jorge e é considerada um santuário do bodyboard e surf, procurada por praticantes de todo o mundo. Banhem-se na Lagoa da Fajã de Santo Cristo, visitem a Furna do Poio e percorram o trilho pedestre que desemboca na Cascata da Fajã de Santo Cristo, que depois de formar uma piscina natural desce as escarpas, saltitando montanha abaixo ao encontro do mar.
A Ponta do Topo é o local mais oriental da Ilha, onde está situada a Vila do Topo e o emblemático Farol da Ponta do Topo. Pensa-se que foi nesta praia que desembarcaram os primeiros homens a pisar São Jorge, vindos da Flandres.
O Parque Florestal Sete Fontes é o local ideal para fugir do mundo como o conhecemos. A tranquilidade que a natureza oferece permite relaxar a mente, observar espécies endémicas de beleza ímpar, ao mesmo tempo que os miúdos se divertem e exploram. Existem espaços infantis, grelhadores e mesas para piqueniques e churrascos e alguns animais, nos seus habitats e que podemos ver percorrer os caminhos sem fim deste Parque.
É aqui que a terra termina e o mar nos engole grandioso. Esta Reserva Natural é uma zona de altas arribas costeiras de grande beleza, um promontório de onde se pode observar a natureza no seu esplendor, e, para os interessados, casa de um grande número de aves marinhas nidificantes.
Um dos maiores algares de Portugal, é o maior dos Açores, e o local ideal para explorar (em segurança e com um guia, claro!) se forem amantes de grutas e cavernas, de aventura e de escuridão. Nas Grutas do Algar do Montoso vive uma espécie de escaravelhos única no mundo! Atrevem-se a mergulhar nas profundezas da terra para um “olá”?
O Coreto do Jardim da República – vão encontrar exemplares de árvores diferentes a cada canto – é um dos mais bonitos do país e é ponto de encontro obrigatório para quem visita a Vila das Velas. Aliás, toda a Vila das Velas é pitoresca e parece tirada de um filme antigo. O edifício da Câmara Municipal é lindo!
No Largo da Igreja-Matriz de São Jorge há um Lago com um dragão de pedra a recordar a lenda que conta, dizem, a origem do nome da Ilha, quando São Jorge lutou contra um Dragão… e venceu.
O Centro de Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo conta-nos a história geológica, biológica e humana das Fajãs de São Jorge, e, em especial, das Fajãs da Caldeira de Santo Cristo e dos Cubres.
A receção poderá desfrutar de uma área de descanso e ver o espaço onde se recria um antigo forno, decorado com réplicas de utensílios de apoio.
Este é um espaço muito conhecido, já que o edifício mantém a fachada original e tradicional: foi, em tempos, uma antiga habitação com casa de apoio. Destaque em diversos websites e revistas de arquitetura, foi capa da revista coreana C3.
O Parque Natural de São Jorge engloba 24% da área total da ilha de São Jorge, conseguem imaginar? Na Casa do Parque de São Jorge podemos aprender tudo sobre esta imensidão de natureza e descobrir mais sobre a fauna e a flora do local.
Na sala principal, encontrará um espaço infantil equipado com jogos didáticos relativos aos Açores e à sensibilização ambiental. As abobrinhas vão adorar aprender de forma divertida!
Poderá também conhecer a área multimédia, onde podem ouvir os sons da natureza e espantar-se com a exposição de fotografias das Áreas Protegidas de São Jorge, da autoria de Paulo Henrique Silva.
Em 1801 uma erupção vulcânica de grandes dimensões destruiu grande parte da povoação da Urzelina. Como registo deste momento que causou pânico e estragos, ergue-se, sozinha na vegetação, a Torre da Igreja. Todo o resto do edifício ficou soterrado pelos materiais vulcânicos.
Quer juntar o útil ao agradável? Visitem a Cooperativa da Beira e provem os melhores queijos da Região – Queijo da Beira, Queijo dos Lourais e Queijo do Topo são algumas das variedades produzidas aqui. Cultura e gastronomia num só local. Peçam uma visita guiada à Fábrica, de forma a ver “in loco” qual o passo a passo para que este delicioso queijo chegue à nossa mesa, e termine a levar algumas fatias para casa. Que bom!
Formadas por rochas basálticas, estas piscinas naturais são muito procuradas no Verão e prometem mergulhos e diversão! A cor vulcânica escura das rochas contrasta graciosamente com o azul profundo do vasto Oceano Atlântico e torna o cenário idílico.
As Piscinas Naturais de Velas oferecem serviços complementares ao banhistas, como sanitários e duches, serviço de bar e vigilância.
Beneficiando do micro-clima da Fajão dos Vimes, a família Nunes é a responsável pelo único local de produção de café na Europa. A cultura do café é mantida em moldes familiares e artesanais, sendo que no Café Nunes se pode saborear depois saboreá-lo. A família é muito simpática, convidando todos a visitar as plantações, que se iniciam logo ali atrás da casa ,bem como o artesanato que também produzem.
O Museu de São Jorge na Calheta guarda objetos e ferramentas utilizados na vida quotidiana da ilha, como por exemplo uma mó de atafona, usado na moagem dos cereais. O pão e a matança do porco são representados em todas as suas fases, tal como todos os instrumentos utilizados para trabalhar o linho e a lã. É um museu que versa por isso várias temáticas, da cerâmica e dos têxteis e tecelagem à agricultura e pecuária, passando pelo mobiliário.